segunda-feira, 25 de novembro de 2013

FALTA DE OPÇÃO

Senhor, dá-me paciência... aliás, me dá capacidade de compreender que eu sou de outro mundo! 

Em tempos de tantas opções, temos tão pouca alternativa...

Parece que só dá para fazer o que está dentro de algum manual de procedimento, de algo que já foi criado. Criar dá trabalho... e ainda nos achamos livres, diante de tanta opção de escolha...

Somos reféns do que já está pronto. Somos incapazes de flexibilizar, porque flexibilidade exige alta capacidade de considerar e criar e fazer. Hoje, ninguém tem tempo a "perder" criando e testando... E ainda nos julgamos tão avançados em ciência e tecnologia.

Avançados foram os precursores, que criaram do zero, tiraram leite de pedra. Pra gente, fica só a arrogância de se gabar por fazer algo que não se fazia há 20 anos atrás. Fala sério!

Era da informação e liberdade mais sem liberdade e sem informação: ninguém tem tempo para ler; quem escreve tem que escrever pouco, porque sabe que ninguém tem mais tempo para ler e, também, porque eles mesmos não têm tanto tempo para escrever... Quanta omissão, fragmentação de conteúdo e irresponsabilidade com o que é transmitido.

Pois é... dominamos, atualmente, de Ford e Taylor ao modelo Toyotista em teoria, mas, na prática, os impostos nos impedem de ir além e aplicá-los, fora que nos limitamos a um ou outro e nada mais desenvolvemos. Falamos em excelência na qualidade do atendimento e mal sabemos servir, porque humildade e servir se tornaram sinônimos de pobreza financeira e subserviência. Falamos em apresentação pessoal e nos limitamos ao superficial, em vez de uniformidade e homogenização... Temos que nos submeter a editais "ctrl c + ctrl v", onde só se foca em reforçar a burocracia deturpada, para dificultar, em vez de organizar... Aliás, alguém sabe o que é burocracia? A gente só sabe no que criamos... a deturpação. Oh, povo inteligente, esse moderno, atual e contemporâneo...

"Burocracia é um conceito administrativo amplamente usado, caracterizado principalmente por um sistema hierárquico, com alta divisão de responsabilidade, onde seus membros executam invariavelmente regras e procedimentos padrões, como engrenagens de uma máquina.

É também usado com sentido pejorativo, significando uma administração com muitas divisões, regras e procedimentos redundantes, desnecessárias ao funcionamento do sistema."


O que queremos, mesmo? Aonde queremos ir? Onde queremos chegar?

Vivemos a era da falta de opção mascarada por uma infinidade de escolhas fechadas... é isso mesmo? Somos essa esperteza toda, mesmo? Somos avançados mesmo?

Sei não...

Anita - sem muitas opções e dependendo de um atendente limitado que só sabe fingir que sabe...

Nenhum comentário:

Postar um comentário